quinta-feira, 29 de maio de 2008

Fechamento

Carpete azul no chão. Persianas de plástico bloqueando a entrada de sol. Tela do computador ofuscando a vista. Quinta-feira, 16h, fechamento de revista. Cara contemplativa, olhos grudados na parede à diagonal da onde estou, inerte. Várias imagens na cabeça e nada. 2 minutos, 3 minutos. Sobra tempo para o sentimento atual de nada. Esquisito, nada. O sentimento pode até vir da cabeça, mas o coração é quem sente. O meu tá apertado, sabe? Às vezes até me interrompe o ar. E eu continuo com essa cara de trouxa, a única a não ser informada sobre nada. O q tá acontecendo, caralho? Vc já teve vontade de desaparecer? Pois eu tenho, todo dia. São Paulo é um lixo esnobe burguês. Se conseguir fugir daqui, nunca mais volto! Não volto pra lugar nenhum. ESCUTOU BAURU? Não volto! Não volto! Amor? Sei...
- ADRIAAAAAANA!
- Oi, oi!


Um comentário:

Elizabeth Boas disse...

Eu achei que só eu soubesse como é ter o ar preso por um coração apertado. Minha respiração chega a suspiros longos, às vezes não passa, me sufoca...
Quase choro ao escrever esse comentário...
Parabéns pelo texto!
Beth