quarta-feira, 28 de maio de 2008

Deixa, vai...

Deixa-me ser louca.
Andei pensando...
Se o sol lá fora estala e eu aqui me encolho à sua sobra, se faço ou desfaço a cara de culpa, se cuspo sangue ou cheiro a álcool, se sinto amor ou desamor, tanto faz...
Até o dia que for o último, e talvez eu não o saiba, até lá todos os outros serão apenas pastagem para chegar a ele.
Como da embriaguez fica a ressaca, como na hora da fome as lembranças não alimentam, como tudo parece correr sobre os trilhos que levam ao fim, deixa-me ser louca...
Deixa-me ser borboleta... ou bicicleta... ou chuva... deixa-me ser alguma coisa diferente do que sou...

Um comentário:

Pollyana Barbarella disse...

Essa é minha amiga Claudia de Morais!

Adoro suas metáforas e poesia...